RECORTE SALVADOR :: 08_MANGUE

domingo, 22 de abril de 2007

Mangue - vídeo



Mangue. Esta foi a palavra escolhida para designar o nosso recorte. A princípio, a palavra mangue referia-se à bagunça geral do bairro da Liberdade e da Calçada, barulho, carros, caminhões, pessoas, vendedores ambulantes e não ambulantes...Tudo acontecendo ao mesmo tempo!
Depois de mais reflexões sobre a área, chegamos a conclusão de que o “mangue” não era apenas o sinônimo casual da palavra “confusão”, mas dizia respeito também ao ecossistema costeiro, ao manguezal, repleto de vida, de riquezas, local onde se faz a transição entre a terra e a água, e toda vida neste ambiente está sujeita ao regime das marés. O nosso recorte é assim, também repleto de vida, de riquezas, visualmente denso, durante o dia é cheio, à noite é vazio. Há o sobe e desce pelo plano inclinado da Liberdade, praticamente faz a alusão da maré enchendo ou se esvaziando com a chegada ou a saída da lua.

4 Comentários:

Blogger JR! disse...

Infelizmente não fui no dia da apresentação, mais deu pra ter uma leitura do trabalho de vcs, a otima sacada de colocar como "mangue" a palavra sintese, palavra peculiar que tem um outro sentido proprio baiano que usamos muito, parabens pelo trabalho!!! queria perguntar duas coisinhas (se ja tiverem debatido em aula desculpa ae), primeiro, como foi a percepção do grupo do mar visto da cidade alta? a segunda é em relação a arquitetura, como vcs descreveriam o mangue atraves da arquitetura local?

Joana, obrigado pelos elogios ao nosso trabalho

22 de abril de 2007 às 22:42  
Blogger Lore Saab disse...

Jr, que bom que vc gostou do trabalho e que a gente conseguiu te passar legal a nossa percepção do quadrado. Quanto à vista do mar lá da cidade alta, realmente a gente comentou lá na apresentação, mas posso repetir aqui, sem problemas: enquanto caminhando pelas ruas da cidade baixa, o mar só é visto por brechas no paredão de construções que se extendem ao longo da borda, lá de cima o mar é visto em sua totalidade e é quase abrupta a passagem visual da terra pro mar. São as embarcações e as pessoas que utilizam o mar que dão mais fluidez a esses limites. Quanto à arquitetura, o mangue (gíria=confusão)foi visto ali pela mistura de "estilos", pela variedade de identificações comerciais, pelo estado de degradação e sujeira em que muitas construções se encontram, etc. O mangue-meio ambiente foi percebido, na proximidade e disposição das construções, pelos vazios pouco generosos entre elas, criados mais nas vias principais que cortam o quadrado e em espaços pontuais. Essa disposição dos vazios, nos lembrou os espaços também pouco generosos, mas não menos interessantes entre as raízes do mangue. Obrigada pelos seu comentário e...é isso.

24 de abril de 2007 às 11:40  
Blogger Lore Saab disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

24 de abril de 2007 às 11:41  
Blogger San disse...

Perceber o Mangue que é o o quadrado de vocês, e a forma como vocês o descreveram é de uma simplicidade e sutileza maravilhosas. É uma idéia realmente muito forte, e que me faz visualizar a área plenamente.

O mangue é um lugar difícil de andar, e que pra conhecer tem que entrar até o pescoço. É um lugar que tem que ser fuçado, remexido, onde você tem que se sujar todo pra entender completamente... e que vai trazer muitas recompensas depois de te deixar todo cheio de lama. É um ecossistema cheio de sujeitos completamente diversos, mas que dividem o espaço num conjunto bem harmônico. É um lugar onde a luz é filtrada, que tem limites fluidos, pouco definidos e, como vocês disseram, que vão sendo modificados ao sabor da maré.

Aliás, essa vida que vocês encontraram no vai-e-vem da maré de gente e a alusão do plano inclinado são geniais. Belo trabalho!

29 de abril de 2007 às 04:43  

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